Olhamos pr'o lado cruel do país, um palco gasto onde muito se diz. Promessas iludem o povo cansado, ficamos presos neste triste fado.
A rua ferve com fúria crescente, sem medo no corpo, seguimos em frente. Paleio sem fim inunda a praça, mas nada muda nesta vida que passa.
A renda sobe, a casa é miragem, trabalhas duro, mas ficas à margem. Na mesa posta só resta migalha, quem manda ri, quem é pobre trabalha.
Greve geral, vozes a gritar, pedem respeito, não querem calar. A pobreza campeia, a fome é real, quem está atento culpa o Capital.
Não somos peões no vosso tabuleiro, a vida custa, o povo é guerreiro. Erguemos a voz contra a exploração, quem oferece nada cria revolução.
Não queremos esmola, mas ganhar o pão, o povo desperta, sem contenção. Promessa vazia já não nos guia, a luta é de todos, à noite e de dia.
Da baixa ao beco esquecido, o povo grita que foi traído. Política cega finge não ouvir, mas quem sofre mais nunca vai desistir.
Nas ruas ecoa o tambor da esperança, um canto antigo que nunca se cansa. Do pó renasce a voz que se espalha, ergue-se o povo em robusta muralha.
Não somos peças no jogo que inventam, a vida aperta, mas vozes rebentam. Erguemos punhos contra a opressão, quem rouba o futuro cria revolução.
Não pedimos trocos, pedimos justiça, virtude maior que o povo cobiça. Mentira repetida já não nos prende, a luta é do povo que nunca se rende.